São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995
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FHC evita políticos e faz acupuntura

Eleito foi para fazenda antes da posse

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Fernando Henrique Cardoso reservou um espaço na agenda para uma última sessão de acupuntura antes da posse como presidente da República.
A acupunturista Edna Nishiya viajou de São Paulo para Brasília para tratar do presidente. FHC sofre de hérnia de disco, o que provoca dores na coluna.
Nishiya chegou ao Palácio da Alvorada às 10h30, saindo às 13h50. O tucano passou toda a manhã na residência oficial.
Somente às 12h55 chegaram seus primeiros assessores –o secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas, e o chefe do Gabinete Civil, Clóvis Carvalho.
FHC evitou contatos políticos nos últimos dias que antecederam sua posse. No sábado de manhã, viajou de helicóptero com a família para sua fazenda, em Buritis (MG).
Além dos filhos, netos e da mulher, Ruth, o presidente foi acompanhado por um agente da Polícia Federal.
O passeio de FHC terminou às 16h15, quando a família voltou a Brasília para passar o réveillon. Quebrando a tradição, ele não usou roupa branca, optando por um terno escuro.
FHC comemorou a passagem de ano em sua casa no Lago Sul de Brasília, acompanhado de sua família. Um pouco antes, às 22h07, ele visitou o então presidente Itamar Franco no Palácio do Jaburu.
O tucano permaneceu por 30 minutos na festa de Itamar. Às 23h10, já em sua casa, chamou os jornalistas para enviar sua mensagem de Ano Novo. Foi seu último pronunciamento ainda como presidente eleito.
Na mensagem, feita de improviso, ele disse que deseja para todos os brasileiros um 1995 "com muito com muito empenho, força e com vontade de dar certo".
E completou: "Juntos, com simplicidade, sem ressentimentos, tenho certeza que vamos caminhar pensando no futuro."

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