São Paulo, segunda-feira, 2 de janeiro de 1995
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Réveillon abre a "era croissant com requeijão"

JOYCE PASCOWITCH
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

Tudo muito bom, tudo muito bem. Todos sobreviveram ao primeiro réveillon passado na corte. As mesmas lentilhas, o mesmo tender made. A paisagem é que mudava um pouco, o rótulo das bebidas e, principalmente, a lista de convidados de cada festa que comemorou a estréia de 95.
Na verdade, este foi o primeiro réveillon em que não se festejou exatamente o fim ou início de mais um ano. E sim o princípio de uma era –a do croissant com requeijão.
É claro que o antigo look da corte ainda se mantém –como no jantar black-tie comandado por Sérgio Arno em seu restaurante Vecchia Cucina.
Mas se Vera Brant –famosa desde os tempos de Juscelino– ainda é alguém, foi Vera Pedrosa quem reuniu desta vez os convidados da posse mais com cara de social democracia.
Outro réveillon onde Fernando Henrique Cardoso circularia com desenvoltura foi o de Cristina e Carlos Garcia.
Lá, em torno de um belo salmão, champagne Pommery, ministros e embaixadores –o Itamaraty chic–, ele ficaria como gosta. Pajelança com grife –meio blasé–, boa comida, boa bebida, zero de surpresas.
Agora que os novos tempos começam a dar o ar da graça, saem de cena os rompantes de peruíce, as breguices de Juiz de Fora e também a graça desengonçada daqueles que ousam pisar na bola.
Ideologias à parte, no próximo réveillon a gente se vê –em Paris!

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