São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995 |
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Esquema de segurança falha
LUCAS FIGUEIREDO
A reportagem da Folha conseguiu entrar sem convite e sem traje adequado, o smoking, como pedia o cerimonial. Sequer foi revistado pelos agentes da Polícia Federal, o que, pelo menos em tese, colocou em risco a segurança de quem esteve na recepção, inclusive a do próprio FHC. A reportagem da Folha tinha credenciais apenas para a sessão de cumprimentos entre FHC e as delegações estrangeiras, realizada no primeiro piso do Itamaraty. O repórter conseguiu passar ao segundo piso, restrito aos convidados de Fernando Henrique, acompanhando a comitiva do presidente português, Mário Soares. Aparentemente, nenhum segurança estranhou o fato de o repórter ser um dos únicos presentes a trajar terno. Na recepção, sem se identificar, a reportagem começou a perguntar a agentes da Polícia Federal, funcionários do Itamaraty e garçons onde era a mesa do presidente do Peru, Alberto Fujimori, considerado a personalidade de maior risco pela segurança. Houve uma mobilização geral para saber onde a delegação peruana se encontrava e a reportagem foi conduzida até Fujimori. O presidente peruano estava sentado quando o repórter o abordou. A conversa durou três minutos. Por vários momentos a reportagem ficou a menos de três metros de FHC, vários chefes de Estado, empresários –como o presidente das Organizações Globo, Roberto Marinho– e diversos políticos. Texto Anterior: Amigos de Ruth zombam das "peruas" Próximo Texto: Comida decepciona convidados Índice |
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