São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995
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Réveillon foi mais violento que o do ano passado

DANIELA FALCÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O número de homicídios praticados durante os fins-de-semana do Natal e Ano Novo na Grande São Paulo cresceu cerca de 10% em 94, se comparado com 93.
O fim-de-semana passado foi o mais violento dos últimos meses, com cerca de 62 homicídios registrados pelas polícias Civil e Militar.
No mesmo período do ano passado (dias 31 de dezembro de 93 e 1º de janeiro de 94), foram 56 homicídios.
Apenas entre as 20h do dia 31 (sábado) e as 22h do dia 1º, 17 pessoas foram assassinadas em São Paulo sem que os autores do crime fossem identificados.
Segundo a DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), a maioria dos crimes aconteceu nas zonas leste e sul.
O número de assassinatos no Ano Novo de 94/95 é duas vezes maior que a média dos fins-de-semana, 24 mortes (12 por dia). Durante a semana, o número de pessoas assassinadas cai para oito por dia.
Natal
O feriado do Natal (incluindo os dias 23, 24 e 25 de dezembro) também foi mais violento no ano passado do que em 93.
A CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento) da Polícia Civil registrou 84 assassinatos no Natal de 94, sete a mais do que em 93, quando foram 77 homicídios.
Aproximadamente a metade (27) dos assassinatos registrados no Natal de 94 são de autoria desconhecida.
No Natal de 93, um assassinato chocou os paulistanos. Na noite do dia 24, o construtor Vicente Carlos Cimino, 49, matou a mulher, o sogro, a sogra e um sobrinho após a ceia de Natal.
Cimino afirmou que começou a brigar com a mulher porque ele havia demorado para trazer um dos pratos da ceia de Natal.

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