São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995 |
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Ministro promete acabar com vestibular
RAQUEL ULHÔA
As metas foram anunciadas ontem pelo novo ministro da Educação, Paulo Renato Souza, ao assumir o cargo. Segundo o ministro, o atual sistema de ingresso às universidades está "se esgotando". Paulo Renato defende a adoção do sistema norte-americano: o governo aplica nas escolas de segundo grau um "exame nacional" para avaliar o conhecimento do estudante, ao fim do curso. Com o resultado deste teste, o aluno pleiteia uma vaga na universidade que desejar e a instituição aceita seu ingresso ou não. "O governo não deve impor sistema único. A universidade deve ter autonomia para adotar seu próprio modelo", afirmou. O novo ministro acredita que em quatro anos o país terá condições de adotar esse modelo. Caics Paulo Renato defende a extinção dos Caics porque, segundo ele, o programa de atendimento integral à criança está "defasado para a nossa realidade". O programa nasceu no governo Collor, que lançou o "Minha Gente", prevendo a construção de 5.000 escolas de tempo integral no país (na época, Ciacs). Itamar Franco mudou o nome para Caics e ampliou a idéia. Criou o Pronaica (Programa Nacional de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente), que previa outros subprogramas além do ensino, como proteção à saúde, creche e alimentação. Paulo Renato criticou exatamente a aplicação de recursos destinados à Educação em outras atividades. Desde o "Minha Gente", foram construídos 448 Centros de Atenção Integral no país –destes, 178 ainda não foram concluídos– a um custo médio de R$ 2 milhões por unidade. Cada um atende 1.300 alunos. "Boa parte dos Caics não está funcionando, porque cabe aos Estados e municípios a sua manutenção e muitas vezes eles não têm condições financeiras de operar", afirmou o ministro. Ele disse que os Caics em construção serão concluídos. LEIA MAIS Sobre as posses no caderno Brasil Texto Anterior: Acidentes aumentam; cai número de mortos Próximo Texto: Racionamento de água pode recomeçar em SP Índice |
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