São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995
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Indústria critica pacote de impostos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA REPORTAGEM LOCAL

Os empresários não gostaram do pacote tributário baixado no último dia de 94 e acham que ele pode levar a um aumento de preços.
Cálculos do advogado tributarista Plínio Marafon, vice-presidente da Associação Brasileira dos Consultores Tributários, mostram que a carga tributária das empresas com lucros anuais superiores a R$ 780 mil vai subir de 41,5% para 49%, apenas com as mudanças ocorridas no Imposto de Renda e na contribuição sobre o lucro.
"É mais fácil tributar pessoas jurídicas do que fiscalizar a economia informal", disse, em tom de irritação, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, que compareceu à posse do ministro da Fazenda, Pedro Malan. Ele disse que o setor ainda vai estudar o impacto do pacote.
Sérgio Haberfeld, diretor da Fiesp, disse que, do ponto de vista das empresas, o aumento do IR é um encargo a mais que "vai acabar sobrando para os preços".
O presidente do grupo Gerdau, do setor siderúrgico, Jorge Gerdau, disse que é "preocupante" quando o Executivo tem capacidade de aumentar impostos sem antes consultar o Legislativo.
A MP deve ser aprovada em 30 dias pelo Congresso sem modificações para não ferir o princípio de anualidade, que impede a cobrança de novos impostos no mesmo ano de sua criação.

LEIA MAIS sobre aumento de tributos na pág. 2-3

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