São Paulo, quinta-feira, 5 de janeiro de 1995
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Suruagy aguarda intervenção

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador de Alagoas, Divaldo Suruagy (PMDB), disse ontem estar aguardando a intervenção do Banco Central no Produban –Banco da Produção de Alagoas, insituição oficial de seu Estado– para sanear uma dívida de R$ 20 milhões.
"Eu acho que as coisas estão caminhando neste rumo", disse Suruagy, após se encontrar com o presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto.
Ele disse ter pedido ao então presidente do BC, Pedro Malan, que desse ao Produban o mesmo tratamento que seria adotado em relação ao Banespa. O pedido foi feito antes da intervenção no Banespa e no Banerj, no dia 30 de dezembro.
"Se o Banco Central chegar à conclusão que a solução para o Produban é a mesma adotada para o Banespa e para o Banerj, nós acataremos", disse o governador alagoano, após audiência com FHC. Ele informou que não concorda com a liquidação do Produban.
Suruagy comparou a situação do Produban à do Banespa. "O nosso banco não está nem melhor nem pior que o Banespa". Mas considerou a dívida "insignificante" em relação à do banco estadual de São Paulo, em torno de R$ 8 bilhões. Ele disse não haver dívida dos usineiros com o Produban.
O governador de Alagoas acusou o Conselho Monetário Nacional (CMN) de privilegiar os grandes bancos estaduais. Segundo ele, o CMN autorizou em sua última reunião o pagamento em 20 anos de dívidas vencidas. Ele disse que a medida favorece particularmente o Banespa, Banerj e Banco do Estado do Rio Grande do Sul, que têm dívidas vencidas.
Ele disse esperar que o Banco Central corrija esta distorção.

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