São Paulo, quinta-feira, 5 de janeiro de 1995
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Melhores praias estão fora do centro

VAGUINALDO MARINHEIRO
DO ENVIADO ESPECIAL A MACEIÓ (AL)

Depois da absolvição de Fernando Collor, Maceió pode ser apelidada de terra da liberdade. Mas a liberdade só pode ser encontrada se você fugir das praias do centro, como Pajuçara, Ponta Verde ou Jatiúca, e da praia do Francês, a preferida dos turistas e guias de viagem.
Pegando a estrada AL-101, para o sul ou para o norte, chegando a sair da cidade, é possível encontrar praias menos lotadas e muitas quase desertas.
Você perde em conveniências (bares e crianças que podem contar a história da cidade ou oferecer qualquer tipo de bebida, aluguel de guarda-sóis ou cadeiras de praia e até ovos de codorna cozidos), mas ganha em sossego (a eliminação de todos os itens mencionados acima).
Se você tem só um dia, o melhor é rumar em direção norte. Indo em direção a Pernambuco, pode chegar à praia de Pescarias, uma das mais bonitas e tranquilas de Alagoas.
Ela fica a cerca de 20 km do centro de Maceió, antes de Sonho Verde, já descoberta e invadida por muitos turistas e comerciantes, e depois da praia da Sereia, sem atrativos que mereçam uma escala mais demorada.
Não há acesso direto por carro. É preciso ir até a praia de Ipioca (também muito bonita) e voltar um pouco a pé. E vale a pena.
Uma espécie de paredão de coqueiros delimita a área de areia branca e firme e mar verde. Há também um rio, que quando a maré sobe fica com uma profundidade de cerca de 1,5 metro, onde é possível nadar.
Não há nenhum bar ou restaurante e, pelo menos por enquanto, não existem vendedores e a areia não é suja com restos de comida. Como na maioria das praias de Alagoas, as ondas são bem fracas.
Sul
Se você pegar a mesma estrada em direção ao sul são cerca de 150 quilômetros de praias até a cidade histórica de Penedo, de estilo barroco, que fica às margens do rio São Francisco.
Talvez você não encontre nada tão deserto como Pescarias. A maioria das praias tem bares, pousadas e hotéis.
Mas, se for até a praia do Francês, vale chegar à Barra de São Miguel, cerca de dez quilômetros adiante. Já é bem conhecida e já existe comércio, mas saindo um pouco da área dos bares é possível conseguir tranquilidade. Vale também pegar um barco para a praia do Gunga.
No mais, resta parar em cada lugar que dê acesso ao mar. Em 150 quilômetros de costa é sempre possível descobrir lugares novos.

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