São Paulo, sexta-feira, 6 de janeiro de 1995![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Paula afirma estar vivendo melhor fase da carreira
EDGARD ALVES
Aos 32 anos, campeã mundial com a seleção brasileira ano passado na Austrália, ela volta a fazer o desafio com Hortência, da Ponte. O confronto das duas estrelas é o ponto alto das decisões paulistas desde o final dos anos 70. Na última temporada, elas jogavam pela Ponte, de Campinas (99 km a noroeste de SP), que conquistou o bicampeonato paulista. A seguir, veja os pontos de vista da cestinha sobre as finais e como anda a sua carreira. Folha - O time da Cesp está no ponto para a decisão? Maria Paula Gonçalves da Silva - O grupo está ótimo, sem problemas. Apesar do pouco tempo junto –primeira temporada– está disputando títulos. Folha - Esta final promete muito equilíbrio? Paula - Ano passado, eu jogava na Ponte e o favoritismo era grande. A gente jogava pouco e dava para vencer. Os adversários, sem chance de vitória, relaxavam. Agora é diferente. Existe equilíbrio e deve dar cinco jogos. Folha - Qual é a chave para a conquista do título? Paula - Os jogos devem ser decididos no final. Para nós, o primeiro confronto é muito importante porque, no caso de vitória, podemos trazer a decisão para casa. O negócio é jogar com muita cautela, cuidando dos detalhes. Folha - Esta pode ser a última decisão paulista da sua carreira? Paula - Tenho 32 anos e não penso em parar. Não sei quanto tempo vou jogar ainda, mas 94 foi meu melhor ano tanto no aspecto individual como no coletivo. Com a Cesp tenho contrato até o fim da temporada, mais dois meses. Folha - Essa posição vale também para a seleção brasileira? Paula - É diferente. Já disse que não quero mais jogar na seleção. Joguei durante 18 anos, acho um bom tempo. Além disso, a seleção só vai jogar para valer na Olimpíada de 96. Não posso prever como estarei até lá. No momento, penso estar no auge da carreira. Folha - Como foi esta volta para Piracicaba? Paula - Minha família está aqui desde 80. Meu retorno foi sensacional. Consegui me adaptar ao time, a cidade gosta de mim e de basquete. Com esta final, o entusiasmo cresceu ainda mais. Folha - É importante para o basquete você e a Hortência jogarem em times diferentes? Paula - Acho até que o basquete deveria dividir ainda mais as jogadoras, melhorando o nível de maior número de equipes. Isso tornaria os campeonatos bem mais interessantes para o público. Texto Anterior: Agnaldo gera briga com o São Paulo Próximo Texto: Final tem 7 campeãs mundiais Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |