São Paulo, sábado, 7 de janeiro de 1995
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Programa retira tira menores da rua

Postos de gasolina já empregam 42

DA SUCURSAL DO RIO

Menino que vivia nas ruas do centro da cidade, Vilmar Moraes do Nascimento, 17, diz que "tomou jeito na vida" quando teve a chance de trabalhar num posto de gasolina.
Ele faz parte de uma turma de 42 meninos e meninas de rua que trabalham em 12 postos do Rio dentro do "Programa Brahma/Petrobrás de Apoio ao Menor".
Iniciado há um ano em quatro postos, o programa visa incentivar menores entre 13 e 17 anos a saírem das ruas. Proibidos de trabalhar como frentistas, eles enchem pneus e cuidam de containers da Brahma para recolhimento de material reciclável.
A assessora de Marketing da Petrobrás Distribuidora, Roselea Leão, 37, está contente com os resultados. "Além da Brahma, queremos outros parceiros, para poder aumentar os benefícios dos menores, como assistência médica."
Pretende-se dar emprego no Rio a pelo menos 200 menores, além de expandir o projeto pelo país. Postos em Juiz de Fora (MG) e Vitória (ES) já estão sendo convidados a integrar o programa.
Selecionados pela 2ª Vara de Menores do Rio, os menores trabalham quatro horas diárias em postos da Petrobrás, recebendo meio salário mínimo e tíquete transporte –fora a gorjeta.
"Só de gorjeta tiro de R$ 5 a R$ 7 por dia", diz Nascimento, que trabalha no posto Santa Clara, em Copacabana (zona sul).
O dono do posto, Celestino do Souto, 46, afirma que alguns menores ainda têm problemas de adaptação, mas nada de muito grave.

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