São Paulo, sábado, 7 de janeiro de 1995
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Associações de pais e alunos vão ao STJ contra MP das mensalidades

PAULO SILVA PINTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Entidades que representam pais e alunos de escolas particulares vão na próxima semana tentar reverter no STJ (Superior Tribunal de Justiça) parte do que eles consideram estragos da Medida Provisória das mensalidades, publicada ontem no "Diário Oficial".
Os representantes de pais e alunos vão tentar derrubar os aumentos que a própria MP prevê a partir de março pressionando o Congresso e o governo, que já prepara um projeto de lei sobre a matéria.
No STJ, as associações querem eliminar três pontos da MP: o limite de dois meses de garantia contra punições da escola para alunos inadimplentes; o mínimo de 10% de pais de uma escola para patrocinar uma ação contra ela e a possibilidade de emitir títulos de protesto contra inadimplentes.
Hebe Tolosa, 46, presidente da Federeção Interestadual de Pais e Alunos, espera que o STJ estenda ao Brasil sentença da Justiça paulista, que desobriga a existência de grupos mínimos para uma ação e proíbe tanto a emissão de títulos contra os inadimplentes quanto sanções acadêmicas.
Em duas outras frentes, o Congresso e o governo, as associações de pais e alunos querem suspender a garantia que a nova MP dá de que as escolas aumentem seus preços quando aumentarem os custos.
"Isso vai permitir às escolas aumentar todos os meses. Acabou o Plano Real", diz Hebe Tolosa. "Pela primeira vez vamos lutar para que o Congresso derrube uma MP de mensalidades", diz o presidente da União Nacional dos Estudantes, Fernando Gusmão, 26.
O presidente da Confederação Nacional de Estabelecimentos de Ensino, Roberto Dornas, 58, acha que não haverá aumento mensal porque, ele espera, a inflação não vai subir. "Pela primeira vez temos uma MP moderna", diz ele.

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