São Paulo, sábado, 7 de janeiro de 1995
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Indústrias começam 95 contratando

CRISTIANE PERINI LUCCHESI; SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Ano Novo começou de forma atípica para os metalúrgicos de São Paulo. Na primeira semana de janeiro houve 3.661 contratações em 61 empresas, segundo levantamento feito pelo sindicato.
"Janeiro é mês de demissão. É a primeira vez que em dez anos que nós notamos contratações", afirma o presidente do sindicato, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
Segundo ele, houve aumento do emprego principalmente no setor de eletroeletrônicos.
Mas também em empresas de autopeças e do setor de máquinas houve aumento no emprego.
A CCE, por exemplo, contratou 100 funcionários na primeira semana de janeiro. A PCI, também do setor eletroeletrônico, admitiu outros 100. No setor de máquinas, a Atlas empregou 20 pessoas.
A MWM Motores Diesel admitiu nada menos do que 60 metalúrgicos. "As empresas do setor de autopeças não estavam contratando", diz Paulinho.
Outros exemplos de empresas que começaram 95 contratando: Marcape (173 pessoas), Bucka Spiero (50) e Aço Tupi (70).
Como a base do sindicato tem 350 mil metalúrgicos e mais de 10 mil empresas, Paulinho acredita que as contratações foram maiores do que as registradas no levantamento de sua entidade.
"Nós esperávamos as boas notícias pois as férias coletivas do final de 94 não representaram nem 5% dos níveis normais contabilizados pelo sindicato."
No Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a informação é que as montadoras estão liderando as contratações em janeiro na região.
Heiguiberto Guiba Navarro, presidente, diz que a Volskwagen contratou 600 pessoas –300 na fábrica de São Bernardo e 300 unidade de Taubaté– e a Scania criou 150 empregos na primeira semana do ano.
"A Ford já avisou que deve contratar em janeiro", diz Guiba.
Mario Bernardini, diretor de economia da Fiesp, acredita que no final de 94 as empresas continuavam com mão-de-obra aquém de suas necessidades "esperando para ver" a situação em janeiro.
Como as encomendas devem ter se mantido, vieram as contratações, diz Bernardini. Para ele, o fato de até o setor de máquinas estar empregando "é muito positivo e demonstra de certa forma que o crescimento é sustentado."

Colaborou SUZANA BARELLI, da Reportagem Local.

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