São Paulo, terça-feira, 10 de janeiro de 1995
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Revendas enfrentam falta de peças

ROSANGELA DE MOURA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Capô, pára-choques, juntas e guarnições de porta, porta-malas e pára-brisas são algumas das peças que estão em falta nas revendas.
Muitas concessionárias estão com carros parados em seus pátios aguardando que seus pedidos sejam atendidos pelas montadoras.
Carlos Ribeiro Caja, do departamento de vendas da Itavema, disse que antes desse problema os pedidos eram atendidos em até 24 horas e hoje, dependendo do item, demora em média cinco dias.
Caja disse que estão faltando muitas peças para carros novos, principalmente peças de acabamento.
As revendas alegam que os fabricantes de autopeças estão pressionando as montadoras por aumentos de preços, que não são aceitos, gerando falta do produto no mercado de reposição.
Luiz Antonio Bochio, diretor da Caraigá, afirma que a revenda está com cerca de dez carros parados por falta de peças, como capa de pára-choque e lataria.
Bochio afirmou que o escritório regional da Volkswagen informou que nessa semana, com o fim das férias coletivas, o problema deve ser regularizado.
Moacir Dimas Flores Ribeiro, diretor-geral da Neobor, fabricante de artefatos de borracha, disse que desde novembro reivindica reajustes junto às montadoras e que pretende segurar os preços só até o dia 30 de janeiro.
A Neobor fornece guarnições para os carros da General Motors, como Corsa, Vectra e Omega, entre outros.
Ribeiro afirma que foram analisados os preços de todas peças e que a variação de aumento vai de 2% a 200%.
No caso das guarnições, foi pedido um reajuste de 70% para as montadoras e de 27% para o mercado de reposição.
Disse que a porcentagem das montadoras é maior porque desde março os preços não são aumentados. Alegou que alguns itens estão tão defasados.

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