São Paulo, quarta-feira, 11 de janeiro de 1995
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Santista Alimentos se associa à Barilla

FILOMENA SAYÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com um investimento total de US$ 75 milhões (R$ 63,9 milhões), a Santista Alimentos (controlada pelo grupo multinacional Bunge) e a italiana Barilla se uniram em uma joint venture, a Barilla Santista.
O capital inicial é de US$ 40 milhões (R$ 34 milhões) e os investimentos, de US$ 35 milhões (R$ 29,8 milhões) até 99.
A Barilla participa com 30%. Guido Barilla, presidente, diz que a entrada no Brasil faz parte da globalização do grupo, que faturou US$ 2,2 bilhões em 94.
A Barilla, fundada em 1877, espalha-se hoje pela Europa, Américas, e no Oriente através de subsidiárias ou joint ventures.
O mercado brasileiro de massas movimentou em 94 cerca de R$ 800,8 milhões, o equivalente a 780 mil toneladas.
A Santista tem 9% desse volume, o que lhe garante a vice-liderança. A líder é a Adria, com 11,5%. Segundo a Nielsen, o mercado cresceu 7% em relação a 93.
O Plano Real trouxe boas expectativas à nova empresa. Espera-se que haja um aumento no consumo –não quantificado–, já que a população de baixo poder aquisitivo deverá começar a comprar mais massas.
O consumo estimado de massas no Brasil é de quatro quilos e meio por pessoa por ano. O argentino compra sete quilos por ano e o venezuelano, 12 quilos por ano.
Com a parceria, todos os produtos já produzidos pela Santista ganham melhor qualidade, diz Paulo Roberto Nogueira, diretor de operações da Barilla Santista.
As massas Barilla, que até então eram importadas, continuam vindo da Itália até que sejam produzidas no país –provavelmente no segundo semestre.
Com a produção no país, a empresa acha que o preço da marca Barilla deverá cair cerca de 20%.
Como toda a produção de massas da Santista passa para a joint venture, o faturamento atual da nova empresa já soma US$ 68 milhões (R$ 57,9 milhões).
Prevê-se US$ 75 milhões (R$ 63,9 milhões) para 95 e US$ 105 milhões (R$ 89,4 milhões) para 99. Em volume, isso equivale a 73 mil t (atual), 78 mil t (95) e 110 mil t (99).
As massas serão produzidas em São José dos Campos, SP (Barilla, Petybon, Sol e Familiar), Goiânia, GO (Madremassas), e Cabedelo, PB (Favorita e Boa Sorte).
A expectativa com a parceria é de que a fatia de mercado suba para 9,5% até o final do ano e para 12% em 99.

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