São Paulo, quinta-feira, 12 de janeiro de 1995 |
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Cresce atividade na indústria paulista
DA REPORTAGEM LOCAL E DA Folha ABCDA indústria paulista apresentou resultados considerados "favoráveis" em novembro passado, informou ontem a Fiesp. O INA (Indicador de Nível de Atividades) daquele mês cresceu 18,9% em relação a novembro de 93, segundo o "Levantamento de Conjuntura", divulgado ontem. Desconsiderando-se os efeitos sazonais da indústria, o INA aumentou 7,8% sobre outubro. O índice vem crescendo. Em comparação aos mesmos meses de 93, teve alta de 14,5 em setembro e de 15,1 em outubro. A mesma tendência se verifica nas vendas reais. Novembro registrou crescimento de 41% em relação ao mesmo mês de 93. Levando-se em conta o critério de dessazonalização, o aumento foi de 10,4% em relação a outubro de 94. Sobre os mesmos meses de 93, as vendas elevaram 29,2% em setembro e 33,5% em outubro. As horas trabalhadas na produção tiveram registro positivo de 1,4% em novembro de 94 comparada com novembro de 93. Sobre outubro, a Fiesp computou aumento de 5,2%, já desconsiderada a sazonalidade da indústria. A utilização da capacidade instalada nas indústrias indicou alta de 79,8% em novembro - porcentagem aquém da registrada em 1980 e 1986 (de cerca de 85%). O número de pessoas ocupadas caiu 1,5% sobre novembro de 93. O salário nominal médio subiu 10,1% em novembro, comparando-se sobre outubro porque um grande número de trabalhadores tem data-base em novembro. Desemprego no ABCD ABCD deverá perder cerca de 11 mil postos de trabalho nas montadoras em 95 caso sejam importados 450 mil carros, segundo planeja a indústria automobilística. O número foi apresentado ontem pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, Heiguiberto Navarro, o Guiba, baseado em estudo feito pela subseção do Dieese da região. O estudo conclui que, se entrarem no país essa quantidade de carros, as montadoras brasileiras deverão cortar ou deixar de criar 27,7 mil empregos. "Se incluirmos todo o setor nacional de autopeças, esse número sobe para 91 mil", afirmou. Os metalúrgicos do ABCD representam 40% do total nacional. O presidente da Associação Brasileira de Importadores de Veículos Automotores, Emílio Julianelli, 40, discordou dos números apresentados pelo Dieese. Ele afirmou que vai marcar uma audiência com o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado, Emerson Kapaz, para discutir o acordo e implantar o contrato coletivo de trabalho. Texto Anterior: Couromoda lança grife de calçados dos EUA Próximo Texto: Exportação de café em 94 é de US$ 2,181 bi Índice |
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