São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 1995
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Universidades analisam fórmulas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Remédios à base de tetraciclina foram estudados por três professores da Universidade Federal de Minas Gerais (Gerson Pianetti, Aguiar Nuna e José Maciel Rodrigues Jr).
As cápsulas foram retiradas de farmácias de Belo Horizonte. A conclusão do trabalho: "Três dos seis produtos se apresentaram com teor e atividade abaixo dos limites específicos, e um outro, apesar do teor especificado, apresentou atividade baixa". Ou seja, estão fora da fórmula anunciada.
Elisaldo Carlini anexou investigação da Universidade Federal de Pernambuco, coordenada pelo professor Haroldo Xavier, nos remédios à base de alcachofra. São apresentados como bons para o fígado, emagrecimento e cura da ressaca.
Os remédios analisados não possuíam sinal da planta. A matéria-prima adquirida pelos laboratórios chegava sem qualidade. O professor alerta que poucos laboratórios fazem testes nas matérias-primas.
Carlini dividiu a fiscalização em duas fases. A primeira será a vistoria dos laboratórios e deve acabar ainda neste semestre. A segunda fase consiste em, através de convênios com universidades, aumentar o número de remédios testados.
Carlini disse ontem que até o final do semestre todos os laboratórios estarão recadastrados. Ele avalia que existem hoje 500 laboratórios e que a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária disponha de 140 fiscais treinados espalhados nos Estados.
Segundo ele, haverá dois fiscais para cada laboratório. Os fiscais poderão ser acompanhados de alguém de fora da secretaria –da universidade ou mesmo da indústria farmacêutica– a fim de fortalecer a investigação.

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