São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 1995
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Capivariano é a surpresa da Copa SP de juniores

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma equipe da quarta divisão paulista e que está na Copa São Paulo de Futebol Junior por Capivari (160 km a noroeste da capital) ser sede de grupo é a surpresa da primeira fase.
O Capivariano venceu as duas equipes favoritas no Grupo H (1 x 0 Grêmio e 1 x 0 Guarani) e está quase classificado. Só fica fora no caso de perder por dois gols para a seleção do Japão e do Guarani vencer o Grêmio.
O sucesso surpreende até o presidente do clube, Rubens Costa, 62. "Não posso dizer que esperava vencer o Grêmio e o Guarani."
Costa reflete o ambiente do Capivariano. Trabalhador autônomo aposentado, ele assumiu o cargo quando deixou de trabalhar. "É bom porque a gente tem uma atividade."
Costa não sabe dizer qual é a escalação do time (Adriano; Leivis, Juliano, Maurício e Rocha; Emanuel, Welington, Mazinho e Raul; Juninho e Róbson ou Miro). "Não sou bom para guardar nomes."
Costa também não sabe de cabeça informações do clube, como o ano da primeira participação do clube na competição (1984) ou o nome dos jogadores emprestados.
Diz que em 95 deve formar um convênio com o empresário Juan Figer ou com o Palmeiras. "Vou encontrá-lo na segunda-feira."
O técnico Samuel Galo de Camargo assumiu o time há menos de um mês. Ex-jogador amador da cidade, ele trabalha para o sogro, dono do cartório de Capivari.
"Fui técnico do profissional, mas o salário que me pagavam era menor que o do cartório." Para trabalhar na Copa, entrou em férias.
No profissional, o clube trabalha quase só com atletas com passe livre. O salário-teto é de R$ 420,00.

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