São Paulo, domingo, 15 de janeiro de 1995 |
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Para atletas, personalidade também se 'desenvolve'
MÁRIO MOREIRA
Na opinião do palmeirense Adriano, a experiência de viver no Sul lhe trouxe um nítido desenvolvimento em termos pessoais. "Quando você mora sozinho, acaba se tornando mais independente", analisa. Nem sempre, porém, é fácil a adaptação a uma nova região. O corintiano Webster sofreu com o inverno paulista ao deixar o Ceará, seu Estado de origem, quando foi para o Rio Branco de Americana. "Tive que comprar uns agasalhos para me proteger do frio. Na minha terra, nunca precisei, pois só faz calor o tempo todo", conta. O atacante deixou os pais e quatro irmãos em Juazeiro, onde nasceu. "Todo dia telefono para eles." Em alguns casos, a saudade se refer a lugares onde o jogador apenas morou por algum tempo. Mineiro de Vitorinos, o volante Ricardo, do Corinthians, não esquece as praias cariocas desde que saiu do Flamengo para jogar no Atlético-MG. "Gostava demais do Rio", diz. Seu companheiro Sandro, natural de Mococa (270 km ao norte de São Paulo), ainda não conhece bem a capital paulista, onde está há seis meses. Assim como Webster, sua principal diversão tem sido frequentar os shopping centers da cidade. Sandro sente a falta dos pais, do irmão e da namorada Eliane, que deixou em Mococa. "Só me encontro com ela quando pinta uma folga. Agora, já estou há um mês e meio sem vê-la." "Tenho saudade é da comida lá de casa", resume o palmeirense Sandro. (MMo) Texto Anterior: Para treinador, só há benefícios Próximo Texto: Ouça boletins pelo telefone Índice |
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