São Paulo, segunda-feira, 16 de janeiro de 1995
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Prova manteve padrão, afirmam professores

DA REPORTAGEM LOCAL

A prova de língua portuguesa da Unicamp manteve seu padrão tradicional. "Antes de verificar a gramática, o exame checa a compreensão do aluno", afirma Léo Ricino, 48, coordenador geral do CPV Vestibulares.
Segundo ele, era fundamental os candidatos terem lido os livros da bibliografia obrigatória. "Foi cobrado o entendimento total das obras. No geral, a prova não foi difícil, foi bem elaborada e exigia raciocínio."
"A questão 5 é uma novidade em provas de português. Fez uma relação matemática com os sinônimos. A Unicamp trabalhou também com tiras de histórias em quadrinhos e textos de jornais, como é tradicional", diz Ricino.
Para José Francisco Lé, 50, coordenador de português do curso e colégio Objetivo, a prova de língua portuguesa da Unicamp foi mais fácil que a da Fuvest. "Na parte de literatura foram abordados aspectos mais conhecidos".
Na parte de gramática, segundo Lé, a ênfase foi dada a parte prática e não a nomenclatura. "O aluno que sabe ler se saiu bem."
O professor de biologia do CPV, Marcos Cesar Garcia, 33, achou a prova da disciplina extremamente abrangente. "O exame foi inteligente e fez o aluno pensar sobre a prova".
Para Garcia, o aluno que se preparou bem e desenvolveu raciocínio não teve problemas para resolver a prova.
Biologia
"Não houve nenhuma questão capciosa", disse o professor Clézio Morandini, 61, coordenador de biologia do curso Objetivo.
"A prova até o ano passado tinha 16 questões. Foi bom diminuir o número de perguntas, porque antes a prova da segunda fase era muito trabalhosa."
Mas, segundo Morandini, a formulação das questões manteve o esquema dos anos anteriores. "Exigiu mais raciocínio do que memorização", explicou.
"Continua tendo interpretação de gráficos, de experiências e coisas do cotidiano. Não é extremamente difícil e nem fácil. É de nível médio, porque atinge várias áreas."
Segundo ele, as questões têm sempre de três a quatro itens e não exigem respostas longas. "Isso facilita a correção."
No início, segundo ele, a Unicamp elaborava questões "abertas demais, em que o aluno poderia ficar divagando em torno de temas. Aqui, não, foi bem específica. O examinador escolheu temas biológicos fundamentais, como fotossíntese".

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