São Paulo, quarta-feira, 18 de janeiro de 1995 |
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Vegetais instauram pânico entre humanos
MARCEL PLASSE
O filme de 1963 foi o precursor de uma forte tendência apocalíptica: a transformação de grandes centros urbanos em "playground" para os últimos sobreviventes de pragas cinematográficas. A evocação de um ataque nuclear e suas consequências radioativas transparece de maneira clara na trama. A novidade fica por conta do perigo ecológico, manifesto pelas "triffids", uma idéia amplificada de H.G. Wells, que também viraria tema recorrente das distopias cinematográficas, cada vez mais inspiradas em desastres ecológicos reais. "O Terror Veio do Espaço" ataca em três tempos, como sugere o nome de sua ameaça original, as plantas "triffids", ou trífidas (divididas em três ramificações). Tudo começa com um espetáculo de cores: meteoros queimando ao entrar em contato com a atmosfera terrestre. No dia seguinte, a população do planeta amanhece cega, sem defesas diante de plantas que andam e seguem uma dieta de carne européia. Um marinheiro que se submeteu a uma operação de olhos, uma órfã foragida e um casal de cientistas isolados num farol surgem como os poucos que ainda podem ver –por diferentes motivos, perderam a pirotecnia espacial. Além das plantas carnívoras, encontram presidiários fugitivos e os pedidos de ajuda da população desesperada, numa rota de fuga que atravessa a Inglaterra, a França e a Espanha em direção ao oceano. Desastres de aviões, trens e tumultos generalizados fornecem o padrão para dezenas de cópias futuras. O pânico impressiona pela dramaticidade. Mas, como em "A Bolha Assassina" e "A Guerra dos Mundos", a "arma" capaz de deter a ameaça alienígena é simplória e encontrada por acaso, segundos antes dos créditos finais. Filme: O Terror Veio do Espaço Diretor: Steve Sekely Elenco: Howard Keel, Nicole Maurey, Kieron Moore. Distribuição: VTI Home Vídeo (tel. 011/283-3438) Texto Anterior: Almas atormentadas vagam por 'Exótica' Próximo Texto: Segundo Irmãos Marx não era para valer Índice |
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