São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995
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Senador comemora em casa e volta ao plenário

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Senado, Humberto Lucena (PMDB-PB), 65, comemorou em casa a aprovação da anistia pela Câmara.
A comemoração começou às 19h30 –quase uma hora antes da aprovação efetiva da anistia–, quando a Câmara autorizou por ampla maioria que a votação fosse considerada "urgente".
Menos de cinco minutos depois da aprovação da anistia, faixas comemorando a vitória de Lucena começaram a ser espalhadas pela ruas de Brasília.
Uma das faixas à porta da residência oficial da presidência do Senado dizia: "A voz do povo é a voz da Justiça". A dois quilômetros, outra faixa dizia que "Foi feita Justiça".
No gabinete da Presidência do Senado, uma comitiva da Paraíba aguardava com otimismo a votação do mérito da questão.
O ex-governador Ronaldo Cunha Lima (PMDB) telefonou para Lucena assim que soube da aprovação da urgência.
Ao ser informado, por uma funcionária, de que Lucena voltaria ao Senado para presidir uma sessão conjunta do Congresso, Cunha Lima contestou: "Diga para ele ficar em casa, que nós vamos lá tomar um uísque".
Também estavam presentes no gabinete o deputado federal eleito Cássio Cunha Lima (PMDB) e o secretário de Políticas Regionais, Cícero Lucena.
Ansioso por informações, Lucena chegou a abandonar de manhã a reunião de líderes no Senado, por 20 minutos, para atender a um telefonema de um líder na Câmara, entregando a condução da reunião ao líder do PMDB, senador Mauro Benevides (PMDB-CE).
Anistiado, Lucena voltou ao Senado às 22h para a sessão que votava a lei de concessão dos serviços públicos. Disse que voltava "com a consciência tranquila do dever cumprido".

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