São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995 |
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Polícia prende acusados de roubar imagens sacras na Bahia e Minas
LUIZ FRANCISCO
O delegado disse que as investigações comprovaram que os acusados costumavam agir durante a madrugada. Entre 60 imagens furtadas, 56 foram recuperadas. As imagens foram furtadas de igrejas de Salvador, interior da Bahia e Minas Gerais, segundo informações do delegado. Moreira disse também que a maioria das imagens era revendida para donos de antiquários em São Paulo. As primeiras imagens foram roubadas da igreja de Piatã, na Chapada Diamantina, em agosto do ano passado. A imagem mais valiosa era a de São José das Botas, do século 15, que teria sido trazida para Piatã por missionários portugueses. Moreira disse que, a partir destas prisões, a polícia deve localizar nos próximos dias os receptadores que moram em São Paulo. "Algumas pessoas possuem alta projeção social", disse o delegado. Moreira disse que identificou pelos depoimentos dos acusados cinco receptadores paulistas. "Os nomes serão mantidos em sigilo para não prejudicar a investigação." Na Bahia, o delegado disse que a quadrilha roubou imagens de 16 igrejas. Em Minas, as igrejas de Tiradentes e São João Del Rey foram as mais visadas pelo grupo. Segundo o delegado, a Justiça já expediu 44 ordens de prisão preventiva contra os acusados. Moreira disse que as polícias de Minas Gerais e São Paulo também foram mobilizadas para localizar e prender os outros acusados de pertencer à quadrilha. No final da tarde de ontem, foram transferidos para a casa de detenção de Salvador Anderson Horácio Gonçalves, 52, Clarice Cabral, 37 e Luiz Carlos Visnevisk, 32. Com os três acusados, a polícia baiana encontrou as imagens de São Benedito, Santa Rita, São José, Divino Espírito Santo e Santa Bárbara. Texto Anterior: Retirada de gado no MS atrapalha tráfego Próximo Texto: Mato Grosso do Sul; Goiás Índice |
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