São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995
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Clinton cria ofensiva de defesa ao México

Juros mexicanos têm primeira queda desde início da crise

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente Bill Clinton começou uma forte campanha para convencer o Congresso e a opinião pública norte-americana que os Estados Unidos não têm outro remédio senão ajudar o México.
O vice-presidente Al Gore e o chefe da Casa Civil da Casa Branca, Leon Panetta, reuniram-se com a bancada democrata na Câmara para pedir apoio a uma linha de crédito de US$ 40 bilhões.
O secretário de imprensa da Casa Branca, Michael McCurry, explicou que "as legítimas apreensões do Congresso foram expostas ao governo mexicano".
Ele disse apenas que alguns dos temores giram em torno dos problemas de imigração, pois teme-se que meio milhão de clandestinos mexicanos tentem entrar nos EUA.

Juros
A principal taxa de juros do México, os chamados Cetes (Certificados do Tesouro) sofreram redução ontem em um ponto percentual, situando-se em 39% ao ano para o prazo de 28 dias, a primeira queda desde o início da crise cambial no país, em dezembro último.
A taxa de 91 dias caiu de 44,94% para 39%. A aceitação dos Cetes de curto prazo é um sinal de confiança na estabilidade do mercado, dizem os especialistas.
O câmbio ficou praticamente estável ontem. O dólar foi negociado a 5,33 pesos, contra os 5,30 do dia anterior. A Bolsa de valores abriu em baixa de 0,81%.

Argentina
O mercado financeiro argentino ainda não está confiante de que não haverá mudanças na economia do país por causa dos efeitos da crise mexicana. A Bolsa de Buenos Aires continua com pouquíssimos negócios. Registrou ontem uma queda de 2,98%.
O mercado de câmbio também está quase paralisado. O fundo especial de US$ 1 bilhão, criado na semana passada pelo presidente Carlos Menem, para socorrer instituições com dificuldades de liquidez, ainda está funcionando de forma deficiente.

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