São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995
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CSN bate recorde de produção em 94

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) bateu recorde de produção no ano passado: 4,6 milhões de toneladas de aço líquido.
O volume fabricado –2,9% maior que o de 93– foi recorde entre as usinas da América Latina.
A CSN está privatizada há 20 meses. Antes da privatização a produtividade anual era de 169 toneladas de aço por empregado. Em 94, este número saltou para 320 toneladas. Sylvio Nóbrega Coutinho, presidente da empresa, comemora os resultados.
As dívidas totais que somaram US$ 1,7 bilhão, afirma, são agora de US$ 600 milhões.
"Até o ano 2000 este número será ainda menor. A estratégia é continuar investindo obter maior competitividade. A nossa dívida não é grande."
Para 95, diz Coutinho, está programado um investimento de US$ 250 milhões. Parte irá para a construção de uma central termoelétrica, com capacidade para gerar 230 megawatts, e outra parte, para modernização e automação da aciaria.
Em 94, os investimentos foram de US$ 106 milhões. De 93 até 98, diz Coutinho, o plano é investir US$ 1,1 bilhão.
"Em 98 queremos ser iguais às usinas japonesas e alemãs." A partir daquele ano, a estratégia da CSN é investir de US$ 30 a US$ 35 por tonelada de aço líquido.
Para 95, o faturamento previsto é de US$ 2,3 bilhões –igual ao do ano passado e 4,9% maior que o de 93. A produção de aço líquido deverá cair um pouco este ano, pois em forno será paralisado por 30 dias para manutenção.
"A receita não cai porque vamos fazer produtos com maior valor agregado."
Exportação
A CSN está reduzindo as exportações para atender a demanda no mercado interno.
Neste ano, 25% da produção deverá ser exportada. Em 94, esse percentual foi de 36%. Em 93, de 50% e, em 92, de 60%.
Coutinho conta que a CSN deixou de exportar principalmente para a Tailândia, Taiwan, Canadá e alguns países da Europa.
Os principais controladores da CSN são seus empregados –eles detêm 10,5%–, a Companhia Vale do Rio Doce (9,4%), o grupo Vicunha (9,2%), o Bamerindus (9,1%) e a Emesa (1%).

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