São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995
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Protagonistas roubam a cena

LUIZ CAVERSAN
DA SUCURSAL DO RIO

Além de acender polêmicas quanto ao passado social do Brasil, mostrar uma visão crua e hilária da corte portuguesa no Brasil, de maneira a permitir uma visão diversificada da que reina nos livros de história, o filme de Carla Camurati tem ainda o mérito de ostentar um time de atores de fazer inveja a qualquer cineasta.
Talvez não se pudesse esperar outra coisa de quem está no auge da carreira, mas o desempenho de Marieta Severo e Marco Nanini como o casal central é um show à parte. A caracterização de Nanini para o apalermado D. João é tão digna que deixa sempre se entrever a personalidade peculiar que se escondia detrás daquele homem desengonçado.
Marieta, por sua vez, esbanja o talento dramático que obteve nos últimos anos. Vai do histerismo à paixão com um grau de convencimento raro no cinema nacional.
A boa nova fica por conta da pequena Ludmila Dayer, 11, que faz a menina que ouve a história do Brasil e também o papel da infanta Carlota. Muito vai-se falar dela, com certeza.
(LC)

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