São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 1995
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País é rumo certo para quem quer aventura

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Mencione Quênia e todo mundo pensará em aventura, safáris, leões e mundo animal. Pensará certo.
O espetáculo queniano começa em Nairóbi, a metrópole do leste africano, mas salta rapidinho para a cena fantástica das savanas, onde os protagonistas são os personagens da Arca de Noé.
Em nenhuma parte da Terra talvez haja tantos parques nacionais e reservas naturais como na África Oriental. A variedade de espécies animais é uma maravilha que alguns explicam pela herança geobiológica do continente, outros simplesmente a contemplam como um segredo da Mama África, que demonstra saber bem mais do que contam os noticiários internacionais.
A relativa paz, se comparada às guerras da vizinhança (Somália e Ruanda), continua encorajando a vinda dos turistas.
O número de visitantes cresceu 122% em 93, atingindo o recorde de 826 mil turistas (que renderam US$ 488 milhões), mais do que recebe a África do Sul ou a Costa do Marfim.
Apesar da primazia dos safáris e da observação de animais selvagens, sobretudo na reserva dos Masai, na fronteira com a Tanzânia, e dos Samburu, ao norte de Nairóbi, os atrativos do Quênia variam como a temperatura.
Neve nos picos do Monte Quênia, com 5.200 metros, o segundo mais alto da África; 40º C nas praias de Malindi e Watamu, na costa do Oceano Índico.
Uma paisagem boa até debaixo d'água, coreografada por corais, "marlins" e tubarões, que também gozam da proteção ambiental em quatro reservas marinhas.
Tudo quase bom demais para ser verdade. Ecológico e harmônico demais para durar para sempre.
A necessidade da preservação no leste africano urge. O turismo, ao contrário das agressões do passado, torna-se cada vez mais um fator positivo, segundo ambientalistas. Ele é a maior fonte de recursos para a manutenção e vigilância dos parques e reservas naturais.

LEIA MAIS
Sobre o Quênia nas págs. 6-10 a 6-12.

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