São Paulo, sexta-feira, 20 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Contru liberou show em 93 sem laudo conclusivo
CLAUDIO AUGUSTO
Antonio Leme Nunes Galvão, conselheiro do São Paulo, negou que haja risco de desabamento (leia texto ao lado). Segundo ele, as pessoas que foram assistir aos shows de Michael Jackson e Madonna em outubro e novembro de 1993, respectivamente, correram o mesmo risco que a platéia dos Rolling Stones correria. Na época, não houve testes para detectar fissuras (pequenas rachaduras) na estrutura do estádio, disse Venturelli. Para o show dos Stones, os testes foram exigidos. O diretor do Contru não explicou por que liberou o estádio em 93 sem um laudo conclusivo, que exigiria testes nas fundações. O secretário da Habitação, Lair Krahenbuhl, disse que as leis municipais 14.451, de 1977, e 10.237, de 1986, obrigam os responsáveis pelos locais onde ocorrem eventos públicos a apresentar anualmente laudo técnico sobre as condições de segurança. No caso dos estádios, o laudo deve ser assinado por um engenheiro civil e por um engenheiro elétrico. "Há 20 anos que o Contru não consegue um laudo conclusivo do São Paulo", afirmou. Depois de receber o laudo técnico, os técnicos do Contru só vão vistoriar o local se receberem alguma denúncia. Segundo o secretário, o Contru não tem estrutura para checar se os laudos apresentados têm embasamento técnico ou não. "Já pensou se eu colocasse sob suspeita cada planta da cidade", perguntou. Dependendo da denúncia recebida pelo Contru, o departamento desloca um técnico de uma determinada área para fazer a vistoria. "Se é um problema de elevador, vai um especialista nesta área", afirmou Krahenbuhl. O Contru só recorre a uma assessoria externa quando a vistoria é muito complexa. Texto Anterior: Vistoria detecta três rachaduras no Morumbi Próximo Texto: Garoto que atropelou e matou mulher depõe Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |