São Paulo, domingo, 22 de janeiro de 1995 |
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Carmo é o 'pulmão' da zona leste
MAURICIO STYCER
Na semana passada, devido às chuvas, a área do playground estava tomada pela lama. Há muito lixo espalhado pelas trilhas do parque. As lixeiras são improvisadas com latas de tinta e caixas de papelão. A pista de cooper do "pulmão" da zona leste é improvisada ao redor do lago e também está tomada de lama. Há policiamento ostensivo da Guarda Civil. Mas falta bom senso. Um policial fazia ronda com motocicleta por cima da grama no dia que a Folha visitou o parque. "Corro seis vezes por semana aqui, mas falta tudo. Há pedras e buracos no meio da pista, não há marcas de quilometragem. Mesmo assim, o parque é a única coisa boa da zona leste", diz o cobrador de ônibus José Afonso Tomé, 38. "Só falta uma cachoeira aqui", diz a menina Luana Moura dos Santos, 5, que brinca no playground. A menina mora no bairro vizinho de Guaianazes. Apesar de proibida a presença de ambulantes no parque, o Carmo reúne dezenas de vendedores de água e sorvete. Chico Mendes Os moradores de São Miguel Paulista, também na zona leste, têm opção de lazer de qualidade bem inferior que os moradores de Itaquera e Guaianazes. No parque Chico Mendes, 15º colocado no ranking, a maior parte dos poucos brinquedos está quebrada ou em mau estado. O parque só dispõe de duas quadras de futebol –o que leva as crianças a jogarem bola no meio do mato. "Tudo é bom aqui", exagera o menino Tiago Castro de Almeida, 10, que disputa uma partida de futebol com seus amigos em meio a árvores e arbustos. "Os mais velhos não deixam a gente jogar bola na quadra", acrescenta. Piqueri Oitavo colocado no ranking, o parque do Piqueri é a principal opção de lazer dos moradores do bairro do Tatuapé (zona leste). Devido à proximidade do parque com o Corinthians, não convém visitá-lo usando camisas de outros times. "Aqui é um lugar agradável para fazer exercícios. Pena que os aparelhos de ginástica estão quebrados", diz o psicólogo Danilo Tognolo, 28. "A pista de cooper do Ibirapuera é melhor, mas essa quebra um galho", diz o estudante Marcio Bergamin, 22, que se desloca do bairro vizinho da Mooca para correr no Piqueri. "Lá na Mooca não tem nada", diz. (MSy) Texto Anterior: Parque ganha porteiros-monitores Próximo Texto: Visitante ignora risco e nada na Guarapiranga Índice |
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