São Paulo, quarta-feira, de dezembro de |
Texto Anterior |
Índice
'É o jardim da minha casa'
ANTONIO ROCHA FILHO
No local, ele caminha, conversa com os amigos, aprecia a natureza. A beleza do lago e das árvores é um dos pontos fortes do parque, como a localização central e a facilidade de acesso: é servido por 18 linhas de ônibus. "Esse parque é o jardim da minha casa", diz o aposentado. Christino é um típico frequentador do parque, muito utilizado pelos moradores da vizinhança. Como ele, a maioria dos visitantes costuma caminhar no parque. Daí a proibição da entrada de bicicletas, segundo a prefeitura. Mas a regra nem sempre é respeitada. As bicicletas são comuns no parque. "Todo mundo tem direito de andar de bicicleta. Mas todos, adultos e crianças, têm de respeitar os limites do outro", diz Christino, referindo-se às manobras radicais dos ciclistas. Na opinião do aposentado, o maior problema do parque é justamente a falta de educação dos frequentadores. "O brasileiro é depredador. O parque só não é melhor por causa dos próprios visitantes. Não adianta melhorar o parque se o público vai destruir tudo", diz. Ele conta que um dia viu um garoto quebrando o galho de uma árvore. "Algumas pessoas foram repreender o menino. O pai dele não gostou, disse que ninguém devia advertir seu filho e ainda incentivou a criança a continuar quebrando a árvore", lembra. Diva de Barros, 67, amiga de Christino, concorda com ele. "O pessoal não respeita nada. As placas proíbem cachorros soltos, mas o parque está cheio deles", afirma. (ARF) Texto Anterior: Histórias espantam mulheres do Trianon Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |