São Paulo, terça-feira, 24 de janeiro de 1995
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Novo governo pretende reciclar professores

DA REPORTAGEM LOCAL

A Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), um dos órgãos que financia a pesquisa de pós-graduação no país, deve, no novo governo, elaborar programas de reciclagem especial para faculdades federais de engenharia, administração ("fundamentais para o desenvolvimento") e medicina ("pela importância social").
Também está em estudo um programa de aperfeiçoamento e estímulo à docência. A formação dos professores, tanto do ensino superior como do básico, deve ser uma das prioridades no ministério.
Muitas das vagas que devem vir a ser abertas nas universidades federais devem ser de licenciatura.
As políticas do ministério serão articuladas pela Secretaria de Planejamento Educacional, a cargo da antropóloga Eunice Durham. A professora da USP vai preparar os projetos de reforma do ministério.
A pasta de Eunice substituiu a Secretaria de Políticas Especiais do ministério, a qual era responsável por projetos como o Pronaica (Programa Nacional de Atenção Integral à Criança) e dos Caics (os Cieps do governo federal).
Os Caics em funcionamento serão mantidos, mas o projeto está interrompido.
A FAE (Fundação de Assistência ao Estudante), que financia material didático, alimentação e transporte escolar e o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional), que gerencia R$ 1,2 bilhão do salário-educação, frequentemente investigados por denúncias de corrupção, devem mudar.
Segundo Zagottis, o governo deve estabelecer critérios gerais para distribuir as verbas do FNDE. Hoje, os recursos são liberados a fundo perdido, atendendo a pedidos, examinados caso a caso.
Uma das idéias para o FNDE é fazer com que haja competição entre municípios e Estados, com base na eficiência do ensino, para distribuir os recursos.

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