São Paulo, terça-feira, 24 de janeiro de 1995
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Ex-jogador Simpson quer falar aos jurados

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O júri que vai julgar o ex-jogador de futebol americano O. J. Simpson não começou a ouvir argumentos ontem, como estava programado, porque a defesa pediu ao juiz que o réu falasse antes de seus advogados.
Até as 16h de Los Angeles (23h em Brasília), o juiz não havia decidido se aceitaria ou não o pedido da defesa.
Simpson é acusado das mortes de sua ex-mulher, Nicole Brown, e um amigo dela, Ronald Goldman. Ele alega inocência. Se condenado, pode pegar prisão perpétua. Os assassinatos ocorreram em 12 de junho de 1994.
Não há precedente no Estado da Califórnia de o réu se dirigir ao júri exceto na condição de testemunha.
Simpson, 47, uma das personalidades mais admiradas nos EUA até 12 de junho último, tem longa experiência em comunicação pública. Ele foi comentarista esportivo e garoto-propaganda além de atleta.
A promotoria requereu que a fase final do julgamento fosse adiada por uma semana depois de ter tomado conhecimento de uma lista de 34 testemunhas da defesa até então desconhecidas.
O juiz, Lance Ito, negou o pedido da promotoria mas proibiu a defesa de mencionar as testemunhas novas ou suas declarações até que a acusação tenha a chance de entrevistá-las.
Entre as novidades prometidas pela defesa está uma pessoa que afirma ter visto o carro de Simpson estacionado na casa dele na hora em que os assassinatos de Brown e Goldman estavam ocorrendo.
Na sala do julgamento ontem estavam a mãe e os filhos do primeiro casamento de Simpson, a mãe e a irmã de Brown, o pai e a irmã de Goldman e até os pais do juiz Ito.

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