São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995 |
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Constrangimento; Casuísmos; Não ganha nada; Dois gumes; Reação imediata; Para negociar; Preconceito explícito; Nas bases; Nuvens carregadas; Virando rotina Constrangimento Se FHC decidir mesmo não sancionar a anistia de Humberto Lucena, o senador não poderá tomar posse com seus colegas dia 1º. É que até lá não haveria tempo hábil para o Congresso sancionar e promulgar a lei de anistia. Casuísmos Atentos à hipótese de Lucena não poder tomar posse dia 1º, caso FHC não sancione a lei de anistia, senadores do PMDB já começam a dizer que ele poderia ser empossado porque o acórdão do STF que o cassou ainda não foi publicado. Não ganha nada A idéia de FHC de não promulgar a anistia é criticada no PFL. Dizem que não melhoraria sua imagem junto à opinião pública e o PMDB não ficará lhe devendo um favor a ser cobrado mais tarde. Dois gumes O próprio Planalto avalia que, se FHC não sancionar a anistia de Lucena, pagará um preço alto quando precisar do apoio do PMDB –partido do senador– para as reformas da Constituição. Reação imediata Três senadores nordestinos discursaram ontem criticando a idéia de Serra de regionalizar o salário mínimo: Mauro Benevides, Mansueto de Lavor e Epitácio Cafeteira (PPR). Vai ser difícil para o governo levar a proposta adiante. Para negociar O projeto de reforma previdenciária que Jobim apresentará aos partidos terá forte traço "desconstitucionalizante". Na aposentadoria, serão mencionados os critérios de idade e tempo de serviço, mas a fórmula final ficará para a lei. Preconceito explícito Do deputado Sérgio Carminato (PTB-RO), ao dizer que não havia contratado nenhum parente para seu gabinete: "Só contratei o Walmir e o Juraci. O Juraci é negro e, graças a Deus, não tenho nenhum negro na minha família". Nas bases No PSDB, teme-se que caia no vazio a cobrança de apoio feita por FHC aos aliados. Avalia-se que ela só terá efeito se os presidentes dos partidos a fizerem chegar claramente aos parlamentares. E há dúvidas de que isso aconteça. Nuvens carregadas Lideranças do PFL gostaram de ver FHC cobrando apoio dos aliados. "A tempestade nem começou e já tinha gente buscando pára-quedas, assim não dá", dizem. Virando rotina Foram adiadas pela segunda vez as posses de Ximenes no Banco do Brasil e de Sérgio Cutolo na CEF, agora para a segunda semana de fevereiro. A razão é a mesma: pressões de políticos para nomear os diretores das instituições. Próximo Texto: Passando recibo; Longo prazo; Em busca do modelo; Durou pouco; Tela vazia; Novo comandante; Patrimônio Índice |
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