São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995
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Paraibanos ameaçam candidatura Sarney

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os três senadores da nova bancada do PMDB da Paraíba -Humberto Lucena, Ronaldo Cunha Lima e Ney Suassuna- podem decidir a eleição do próximo presidente do Senado. Os votos dos três, inicialmente dados como certos para o ex-presidente José Sarney (AP), está sendo disputado por Pedro Simon (RS).
O que pode alterar a tendência dos votos paraibanos em favor de Simon é a insatisfação da bancada com o fato de Sarney não ter participado da votação do projeto de lei de anistia a Lucena, que teve sua candidatura cassada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por uso irregular da gráfica do Senado.
Lucena, Suassuna e Cunha Lima haviam marcado uma reunião para hoje, para decidir em quem vão votar, se em Sarney ou Simon. O senador gaúcho admitiu, ontem, que a opção dos três seria "definitiva".
A uma semana da eleição do candidato do PMDB à presidência do Senado pela bancada de 22 parlamentares, Sarney tenta garantir a maioria absoluta dos votos (12) para evitar um segundo turno de votação, no qual Simon e o outro candidato, Iris Rezende (GO), vão aliar-se para derrotá-lo.
Os aliados do ex-presidente dizem que ele já tem 12 votos, contando com os de Gerson Camata (ES) –que já declarou apoio a Simon- e com os três da Paraíba. Os demais são de Flaviano Mello e Nabor Júnior (Acre), Renan Calheiros (AL), Gilvan Borges (AP), Gilberto Miranda (AM), Jáder Barbalho (PA), Fernando Bezerra (RN) e o próprio Sarney.
Simon acredita ter os votos de José Fogaça (RS), Roberto Requião (PR), Coutinho Jorge (PA), Cacildo Maldares (SC), Camata e o dele próprio.
Iris diz que tem o apoio de dez senadores, mas seus aliados declaram apenas os três de Goiás -dele próprio, de Mauro Miranda e Onofre Quinan-, Carlos Bezerra (MT) e Rames Tebet (MS).

Câmara
A nova bancada do PMDB da Câmara reúne-se hoje para decidir se lança candidato próprio à presidência da Casa ou se compõe com o PFL para apoiar Luis Eduardo Magalhães e define quais os cargos da Mesa vai reivindicar.

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