São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995
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Paulistano se casa menos e tem salários mais baixos

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O paulistano está se casando menos e se divorciando mais. Por estar recebendo um salário menor, se vê obrigado a sair dos bairros centrais e ir morar na periferia da cidade, onde os imóveis são mais baratos. Em compensação, a taxa de mortalidade infantil baixou.
As informações estão reunidas no Anuário Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), edição 1994, que será lançado depois de amanhã.
O salário médio do morador da capital era de R$ 824,00 (11,7 mínimos) em 1989. Em novembro de 1994, essa média baixou para R$ 509,00 (7,2 mínimos).
A falta de dinheiro fez com que os moradores dos bairros centrais fugissem para a periferia. Em 1980, 16,4% da população morava no centro. Em 1991, a taxa aponta que 12,7% continuavam no centro.
O saldo migratório (migrantes que vêm para a cidade e moradores que saem) é negativo pela primeira vez na história. Nas décadas de 70 e 80, 1,1 milhão de pessoas se mudaram para São Paulo. Entre 1980 e 1991, 750 mil moradores deixaram a cidade.
Os dados mostram também que o coração do paulistano vai mal. Ataques cardíacos matam 32,4% dos cidadãos. Do lado afetivo, o estudo registra uma queda de 22% nos casamentos. Em 1980, foram celebrados na cidade 66,3 mil contratos. Dez anos depois, o número de núpcias caiu para 54,3 mil. Já os divórcios saltaram de 4.009 em 1984 para 10.490 em 1990.

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