São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995
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Estudante mantém-se fiel a cabeleireiro

FLAVIO CASTELLOTTI
DA REPORTAGEM LOCAL

As estudantes Flávia Scavone, 19, e Mariana Gioelli, 18, reagiram de maneira diferente ao aumento dos preços dos cabeleireiros verificado pela Fipe desde a implementação do Plano Real.
Flávia considera indispensável pelo menos uma visita semanal ao salão de beleza Juanita, na Chácara Santo Antonio, bairro da zona sul de São Paulo.
Ela paga R$ 4 para lavar os cabelos, R$ 14 pela escova e mais R$ 4 pelo serviço da manicure.
Gasta portanto R$ 88 por mês no cabeleireiro, sem contar o corte, que faz uma vez a cada 40 dias e custa R$ 15.
"Com esse tipo de serviço, nós mulheres temos mesmo que gastar", disse, e completou: "Não tem outro jeito."
Em ocasiões especiais, como festas e casamentos, Flávia vai ao Jacques Janine, na r. Augusta, zona central de São Paulo.
Lá, gasta R$ 10 para fazer a mão, R$ 6 para lavar os cabelos, e entre R$ 10 e R$ 17 para fazer escova. O preço normal do corte é R$ 26.
Mariana, porém, não se conforma com o preço dos cabeleireiros e passou a fazer tudo em casa.
Antes, ia ao cabeleireiro uma vez por mês e fazia reflexo, escova e unha.
Mariana frequentava o salão Shirley, no Alto da Boa Vista, bairro da zona sul de São Paulo.
Lá, fazer reflexo nos cabelos custa entre R$ 45 e R$ 50, fazer escova não sai por menos de R$ 10, o serviço da manicure custa R$ 6 e a lavagem, R$ 4.
"Desisti de fazer reflexo, e aprendi a fazer o resto. Hoje eu mesma faço tudo sem sair de casa", disse Mariana.
Hoje, ela se diz muito satisfeita com a economia de aproximadamente R$ 80 mensais que essa troca lhe proporcionou.

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