São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995
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Israel quer separar judeus de palestinos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Em meio a pressões para que abandone as negociações de paz com palestinos, o premiê israelense, Yitzhak Rabin, anunciou ontem que Israel vai fechar suas fronteiras definitivamente com a Cisjordânia (território ocupado por Israel em 1967).
O anúncio é consequência do atentado suicida da Jihad (movimento radical islâmico) que matou 19 israelenses neste domingo.
Pretendo anunciar um comitê para começar a implementar a idéia da separação de árabes e palestinos, disse Rabin.
O ministro da Polícia de Israel, Moshe Shahal, disse que em oito meses Israel estaria pronto para defender a linha divisória com homens e cães.
A OLP (Organização para a Libertação da Palestina) se opõe à separação. Nabil Chaath, conselheiro do líder da OLP, Iasser Arafat, disse que a idéia só seria aceitável como parte da criação de um Estado palestino.
Pesquisa divulgada ontem pelo instituto Motnim em Israel mostra que 50% dos entrevistados defendem o fim da negociação de paz entre palestinos e judeus.
A polícia palestina prendeu ontem o líder espiritual da Jihad, Abdallah Chami. A Jihad é um dos grupos islâmicos que se opõem ao processo de paz com Israel.
Após o atentado, Israel pressionou a Autoridade Palestina (que comanda Gaza e Jericó) para que fosse mais rigorosa na repressão aos grupos terroristas.
Chami foi interrogado e liberado horas mais tarde.
Os soldados israelenses prenderam mais de 60 supostos ativistas islâmicos, além de fechar a sede da Associação dos Sábios do Islã.

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