São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995 |
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Investimento volta à era do 'milagre'
CRISTIANE PERINI LUCCHESI; FÁTIMA FERNANDES; JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA; MÁRCIA DE CHIARA
Levantamento feito pela Folha mostra que os investimentos reservados por apenas 48 empresas dos mais diversos setores atingem R$ 5,6 bilhões este ano. Os empresários estão estimulados pela estabilidade da economia e crescimento do consumo, provocados pelo Plano Real. Para 96, se o as reformas do Estado forem realizadas, os investimentos vão atingir pico do "milagre econômico", chegando a 25% do PIB. A avaliação é de Horácio Lafer Piva, diretor da Fiesp. Há uma diferença essencial entre o atual ciclo de investimentos e o do "milagre". Desta vez, quem puxa é o setor privado e não o Estado e o endividamento externo. "Hoje, a expansão e a melhoria da produtividade se tornaram questão de sobrevivência para as empresas", diz o economista Cláudio Contador, da publicação "Indicadores Antecedentes". Para ele, ficou para traz a política de restringir a produção para aumentar o lucro. "A economia é mais competitiva" com a abertura e fim do protecionismo. Contador cita o crescimento da importação de máquinas e equipamentos (um indicador da retomada dos investimentos) para mostrar uma diferença qualitativa entre o processo brasileiro e o mexicano. "Lá, o déficit foi produzido com a importação de bens de consumo." Piva diz que vão liderar este processo de expansão os setores de construção civil, de bens de consumo e de bens de capital. Ele cita também indústrias com baixa ociosidade, como papel e celulose, química e petroquímica. LEIA MAIS Sobre investimentos na pág. 2-4 Próximo Texto: Saiba o que foi o "milagre" Índice |
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