São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995 |
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Menem vai aumentar o socorro financeiro a 30 bancos argentinos
SÔNIA MOSSRI
Menem acompanha pessoalmente o processo de ajuda aos bancos em dificuldades para pagar seus compromissos em dias. Ele criou um comitê especial para tentar agilizar a ajuda a esses bancos. O presidente está disposto a injetar recursos do próprio governo no fundo especial de US$ 1 bilhão, criado recentemente para socorrer instituições com problemas de liquidez. O Ministério da Economia estuda novos mecanismos para gerar recursos adicionais aos bancos. Para complicar ainda mais as dificuldades de Menem, os bancos provinciais estão quebrados e necessitam de US$ 1,5 bilhão para evitar uma situação de insolvência generalizada. O ministro da Economia, Domingo Cavallo, que faz ao longo da semana uma maratona por Washington, Londres, Zurich e Davos para buscar investidores estrangeiros, quer usar recursos do Banco Mundial para sanear as províncias. O Bird aprovou US$ 300 milhões para reformas nas províncias argentinas. Cavallo pretende usar esse empréstimo para privatizar os bancos provinciais. As operações interbancárias estão praticamente paralisadas. A maioria dos bancos somente aceita operar com instituições de primeira linha porque temem a saúde financeira dos demais bancos. Até mesmo a Bolsa de Valores de Buenos Aires reflete isso, com pouco movimento de negócios. Fechou ontem com queda de 0,5%. Segundo a Folha apurou, Menem avalia que a falência de bancos desencadearia uma crise de desconfiança no mercado financeiro. Além disso, seria inoportuna por causa do giro internacional de Cavallo, e da chegada em Buenos Aires, nos próximos dias, de missão do FMI (Fundo Monetário Internacional). O presidente do Banco Central, Roque Fernández, e o secretário de Finanças, Bancos e Seguros, Roque Maccarone, comandam o comitê especial. Ambos têm a tarefa de reduzir a burocracia do Banco de La Nación na compra da carteira de créditos dos bancos em dificuldades. Fernández disse ontem que haverá um processo de fusão e incorporações no setor bancário. Ontem, o Banco Patricios absorveu Nova Era. O grupo chileno Luksic adquiriu por US$ 40 milhões o Banco Popular Argentino. Texto Anterior: Saiba o que é o Fórum Próximo Texto: Principal taxa de juro do México cai pela primeira vez desde início da crise Índice |
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