São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995
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Há cautela na contratação

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar dos planos de investimento audaciosos, as indústrias são mais cautelosas quando se trata de contratação.
A maioria –55%– das 855 empresas ouvidas pela Fiesp na 6ª Sondagem de Opinião disseram que vão manter seu quadro de pessoal estável no primeiro semestre, 27% vão contratar e 18%, reduzir seu quadro de pessoal.
Também a maior parte das indústrias de bens de consumo ouvidas pela Folha não planeja fazer grandes contratações.
Os investimentos serão direcionados principalmente para equipamentos mais modernos, o que pode dispensar mão-de-obra, e em programas de melhoria da qualidade e produtividade.
Contratações expressivas serão feitas especialmente pelo setor industrial que utiliza mão-de-obra mais intensiva: a construção civil.
O setor pode contratar, só em São Paulo, até 50 mil pessoas este ano, estimulado pelo "boom" de vendas de imóveis residenciais. A avaliação é de Eduardo Capobianco, presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo).
No final de 94, a construção civil empregava 693 mil funcionários, o que já representava 5,69% a mais do que em 93.
"Por mais que se avance na racionalização, o nosso setor, se investir, sempre gera muito emprego", diz Capobianco.
A Encol, por exemplo, pretende investir este ano US$ 900 milhões, frente aos US$ 650 milhões de 94.
Dolzonan da Cunha Mattos, diretor-superintendente da Encol, acredita que o aumento esperado de 40% mas vendas vai resultar em uma alta não superior a 15% no emprego.
Comércio e serviços, "alavancados no investimento da indústria", também devem absorver muita mão-de-obra, segundo Horácio Lafer Piva, diretor da Fiesp.

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