São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995 |
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Defesa de Simpson tem nova testemunha
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Simpson, 47, está sendo julgado em Los Angeles, costa oeste dos EUA, pelos assassinatos de sua ex-mulher, Nicole Brown, e um amigo dela, Ronald Goldman, na noite de 12 de junho de 1994. Sua defesa apresentou ontem os argumentos iniciais ao júri. O advogado Johnnie Cochran Jr. disse que a testemunha procurou a polícia e a promotoria para contar sua história mas não foi levada a sério. O. J. Simpson é a vítima de um julgamento apressado das autoridades policiais, que ignoraram evidências e testemunhas por acharem desde o princípio que o culpado era ele, disse Cochrane. A argumentação da defesa teve início às 10h15 locais (16h15 em Brasília), depois que o juiz Lance Ito decidiu manter a transmissão do julgamento pela TV desde que as câmeras fiquem paradas. Anteontem, a imagem de um jurado reserva foi transmitida durante oito décimos de um segundo. Uma das condições impostas por Ito para permitir a transmissão do julgamento havia sido que jurados não fossem mostrados. Ito suspendeu a sessão de anteontem e ameaçou retirar as câmeras da corte, mas acabou aceitando as explicações da TV Court, emissora que está gerando as imagens do tribunal, de que havia sido um erro involuntário. A defesa tentou mostrar aos jurados que Simpson é um homem dedicado aos filhos, que tratava a família de sua ex-mulher de maneira generosa e não tem a violência como padrão de comportamento. Segundo a promotoria, Simpson matou a ex-mulher por ciúme, num ato que foi o apogeu de uma sequência de tentativas de controlá-la em 17 anos de relacionamento. A defesa também argumenta que Simpson não tem condições físicas de ter cometido duplo homicídio devido a ferimentos nos joelhos causados pelo seu período como jogador de futebol americano. Simpson é a pessoa mais rica e mais famosa jamais julgada por homicídio nos EUA. Seu caso tem sido o assunto que mais atenção tem atraído dos meios de comunicação do país nos últimos sete meses. Ele pode ser condenado à prisão perpétua se o júri o considerar culpado. O julgamento tem duração prevista de seis meses. (CELS) Texto Anterior: Vendida casa de Jackie Onassis Próximo Texto: Terremoto de 4,7 pontos na escala Richter atinge a cidade de Kobe Índice |
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