São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 1995
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Indignação; Remédios; Redação da Fuvest; Papel de pai; Acidentes rodoviários; Quadrinho infantil?

Indignação
"O Congresso Nacional não anistiou o senador Humberto Lucena. Aprovou uma 'lei' que livra da Justiça os parlamentares que pagarem à gráfica do Senado a sua utilização eleitoral. Não seria o caso de se criar uma lei que inocenta os ladrões que devolverem o produto dos seus roubos?"
Sérgio Mário Seidi Sumi (Ribeirão Preto, SP)

"É, o Brasil realmente mudou... para pior. Na campanha o discurso é um. Na prática... Este e o outro Fernando não são diferentes."
Luiz Pelição (Ribeirão Preto, SP)

"A notícia de que o 'presidente deve se omitir sobre Lucena' (Folha, 24/01), estranhamente sem nenhuma consideração sobre a justiça ou injustiça das sentenças, lembrou-me de alguém que há 2.000 anos também preferiu o caminho da omissão em um julgamento."
Marcos Gentil de Magalhães (Brasília, DF)

"Que todo país entre em greve e assim se mantenha até que o aumento indecente dos políticos seja cancelado, todas as mordomias extintas e o senador Lucena e os demais envolvidos no caso da gráfica sejam postos na rua."
Wandyra Moraes (São Paulo, SP)

"Um tribunal do Maranhão condecorou o senador Lucena, condenado pelo TRE da Paraíba, com candidatura cassada pelo Superior Tribunal Eleitoral e confirmada pelo STF. Essa medalha não é uma honraria concedida pelo Poder Judiciário, o mesmo Judiciário que confirmou a cassação?"
Maria Tereza Rodrigues (São Paulo, SP)

"A Folha de 25/01 mostra em primeira página o juiz do TRT-MA dr. André Amaral condecorando com a medalha do mérito judiciário o nobre e glorioso senador Lucena, símbolo do homem público patriota e honrado, batalhador incansável na defesa da causa dos menos favorecidos desta pátria tão amada pelo mesmo senador. O que seria de nós brasileiros se não fossem heróis do quilate do senador Lucena e outros tantos e tantos..."
Walter Duarte (São Caetano do Sul, SP)

"O 15º salário dos parlamentares constitui um mau exemplo e poderá servir de chamada a um Fujimori."
Orlando Januário dos Santos (Belo Horizonte, MG)

"O presidente FHC, intelectual que é, poderia vir a público explicar para os seus mais de 50% de eleitores, e a todo o povo brasileiro, o significado real (sem trocadilho) do termo 'demagogia', aplicado ao aumento do mínimo. São 'demagogia', então, a miséria, a fome, a violência social?"
Cassio A. S. de Oliveira (São Paulo, SP)

"O ministro Reinhold Stephanes fala que o salário mínimo indo para R$ 100 custaria R$ 5,2 bi à Previdência Social. Será que o ministro já fez as contas quanto custará aos cofres públicos o aumento dado ao presidente, deputados, senadores e ministros? Vale lembrar: o aumento serve também para deputados estaduais e vereadores."
José Santana Araújo (São Bernardo do Campo, SP)

"Protestar só não adianta... Existe ainda um meio legal para impedir atos vergonhosos dos nossos parlamentares. Escrevam para o procurador-geral da República, Aristides Junqueira, solicitando-lhe que acate a representação da inconstitucionalidade do aumento dos vencimentos dos parlamentares."
Regina Castro Andrade (São Paulo, SP)

"Parabéns a Josias de Souza pelo artigo 'A lucenização de FHC' (23/01). Esperemos que o presidente FHC não troque o apoio do povo que o elegeu pelo apoio de uma dúzia de pessoas de moral bem duvidosa. Veto neles!"
Antonio J. R. Castro (São Paulo, SP)

"O argumento até agora divulgado para a aprovação da farsa da anistia do sr. Lucena pelo presidente, de não-interferência nos assuntos internos do Congresso, é absolutamente mentiroso, pois se realmente se tratasse de uma questão interna do Congresso, esta não precisaria da sanção ou do veto do presidente da República."
Gustavo Meyer (Rio de Janeiro, RJ)

"O nosso Congresso –a casa do povo brasileiro– mais parece a casa da sogra, ou casa da mãe Joana, para não dizer outra coisa pior."
Jos Gomes Vieira (Tubarão, SC)

Remédios
"Parabéns aos jornalistas Gilberto Dimenstein e Alexandre Secco, que em recentes reportagens começam a denunciar as falsificações, falcatruas e até os crimes cometidos contra a população brasileira pelas indústrias farmacêuticas. Vimos alertar que as denúncias ora apresentadas, bem como a lista das 115 especialidades farmacêuticas analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, representam apenas a ponta de um gigantesco e obscuro iceberg."
Alba Lygia Brindeiro de Araujo, presidente do Conselho Regional de Farmácia da Paraíba, e Julio Cesar Gomes de Oliveira, conselheiro federal de farmácia (João Pessoa, PB)

Redação da Fuvest
"É digno dos mais expressivos elogios o artigo de Caio Túlio Costa (Revista da Folha, 22/01). O tema de redação da Fuvest 95 evidenciou, mais uma vez, o péssimo preparo intelectual de candidatos que foram submetidos a uma educação caótica e vergonhosa. Evidência esta emergida da risível polêmica estruturada na inteligibilidade do tema proposto no exame, que teria prejudicado muitos candidatos. Se não bastasse a já desgastada notoriedade de nomes como Andy Warhol ou Adorno e a conivência do vestibular com 'argumentos baseados no consenso', houve muita choradeira e pouca reflexão. Numa sociedade decente, qualquer aluno de 14 anos deveria ser capaz de discorrer sobre tal tema."
Luís Fernando Oga (São Roque, SP)

"Sou fã de Caio Túlio Costa. Um deles. No último artigo, 'Adorno neles', ele foi o máximo. Os candidatos não esperavam pelo convite a pensar."
Alexandre Natalino Montesanti (São Paulo, SP)

Papel de pai
"Referente a reportagem de 21/01, sobre o brasileiro de 13 anos que virou sábio dos budistas, deve ser mencionado que o pai do Michel, Daniel Calmanowitz, ficou junto ao filho no mosteiro de Sera-Me durante o ano de 1994, organizando a vida do Michel, dando-lhe aulas das matérias do currículo escolar brasileiro, como português, matemática etc... e, é claro, exercendo o papel de pai no dia-a-dia do filho."
Maya Konstantin (São Paulo, SP)

Acidentes rodoviários
"Com relação ao acidente do locutor Osmar Santos, nota-se mais uma mazela brasileira. A maioria, senão a totalidade, dos acidentes nas estradas são motivados pelos caminhões e ônibus. Não obstante, os guardas rodoviários parecem só parar os carros."
Álvaro de Moya (São Paulo, SP)

Quadrinho infantil?
"Li a carta de uma leitora indignada com os desenhos da medíocre 'A Pequena Menininha', que na edição da Folhinha de 13/01 aparecia espatifando um gato contra a parede. Na edição de 20/01, o mesmo quadrinho troca o gato por uma criancinha. Estou aguardando para ver se a liga protetora dos animais também vai se manifestar..."
Roberto Antônio Cera (Piracicaba, SP)

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