São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995 |
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Reação imediata; Aumentando o problema; Dureza; Novos tempos; Mistério desfeito; Rotos e esfarrapados; Federação partidária; Questão sensível; Com limites; Cooptação Reação imediata Parlamentares da oposição e de partidos que apóiam FHC, como o PMDB, iniciaram ontem mesmo um movimento para tentar submeter à aprovação do Congresso a iniciativa do governo de emprestar US$ 500 milhões ao México. Aumentando o problema As primeiras previsões no Congresso sobre a reação dos políticos ao empréstimo brasileiro ao México não foram boas para o governo. Ainda mais depois de os parlamentares terem suas emendas ao Orçamento/95 vetadas por FHC. Dureza Ao ser informado do empréstimo brasileiro de US$ 500 milhões ao México, um líder do PMDB não se conteve: "Isto é que é modernidade: antes, o roto só falava do esfarrapado. Agora, o roto também empresta ao esfarrapado". Novos tempos Versão contemporânea da "socialização dos prejuízos", o empréstimo brasileiro ao México está sendo chamado em Brasília de "globalização das perdas". Mistério desfeito Piada ouvida no Congresso sobre o socorro financeiro do Brasil ao México: "Devem ser estas as tais perdas internacionais das quais Brizola tanto fala". Rotos e esfarrapados Para diplomatas, o socorro financeiro dos países latino-americanos, inclusive o Brasil, ao México será o embrião de um mecanismo multilateral de cooperação em casos de crises de liquidez nos chamados mercados emergentes. Federação partidária Candidato à liderança do PMDB na Câmara, João Almeida (BA) vem apostando no argumento regional ao pedir votos: diz que o Nordeste precisa se unir para ter o cargo. O paulista Michel Temer também continua em campanha. Questão sensível Germano Rigotto (PMDB-RS) esbarrou num obstáculo para ser líder do governo: os peemedebistas da Paraíba não gostaram de sua ausência na votação da anistia de Lucena e podem estender a reação aos demais nordestinos. Com limites Avalia-se na bancada do PT que o líder José Fortunati (RS) acertou ao defender a abertura de diálogo com o governo sobre reforma constitucional, mas que avançou demais ao incluir a quebra de monopólios na eventual conversa. Cooptação Presidente do PSC, Vitor Nósseis diz que o partido só deve formalizar sua entrada no bloco PFL-PTB na Câmara após reunir a bancada, dia 31: "Somos três deputados, a não ser que até lá tenhamos cooptado mais algum". Próximo Texto: Peso e contrapeso; Quase naturalizado; Argumento forte; Recontagem; Visitas à Folha Índice |
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