São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
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Malote some na rota Rio-Brasília

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A balança comercial de dezembro continua sendo fonte de dor de cabeça para o MICT (Ministério da Indústria, Comércio e Turismo).
Desta vez o problema é o desaparecimento do malote que trazia, do Rio para Brasília, os exemplares do documento que contém a análise detalhada dos números da balança.
O malote com as edições do documento –que registra de forma aprofundada o desempenho das importações e exportações– saiu na última terça-feira da Secretaria de Comércio Exterior, que fica no Rio. Deveria ter chegado a Brasília no dia seguinte, mas simplesmente desapareceu.
Em seu lugar, chegou ao MICT um malote que deveria ter sido entregue no Ministério da Educação. Chegou-se a pensar que os malotes haviam sido trocados, mas depois foi constatado que os exemplares realmente desapareceram.
O inferno astral do MICT com a balança comercial começou no início do mês, quando o ministério errou em cerca de US$ 800 milhões as previsões do desempenho de dezembro.
Como se não bastasse, a previsão equivocada acabou sendo divulgada para a imprensa como sendo oficial. Os erros consecutivos chegaram a ser interpretados como uma manipulação do governo e foram parar na primeira página do jornal inglês "Financial Times".
Com o sumiço do malote, o MICT teve que providenciar às pressas para que pelo menos um exemplar do documento fosse novamente enviado do Rio para Brasília, o que foi feito ontem.

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