São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995 |
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Amigos fazem "sessão nostalgia"
PATRICIA DECIA
Um diretor de banco, um engenheiro, um psicólogo, uma socióloga, uma advogada, um publicitário e uma jornalista, deixaram o trabalho de lado e os filhos em casa para o show. "Crescemos ouvindo Stones", diz o diretor de banco Mário Sérgio Romano, 37, que tem todos os discos da banda. O engenheiro Sérgio "Beloved", 36, vai a dois shows. Já viu os Stones em Nova York em 1986. Sem camisa, de óculos escuros e sandálias, eles trocaram as drogas da juventude por guaraná. "Quem não fumou maconha nos anos 70, ou não saia de casa, ou vivia numa bolha", brinca Romano. O único representante da nova geração no grupo era Osvaldo Jorge, 15, filho de "Vivian Doce", 36, dona-de-casa. "Os outros são muito pequenos", diz Beloved. Mais arrebatados foram os amigos Cidele Alva de Oliviera, 16, Alessandro Fernandes, 23 e Adriano Carlos Tadoque, 20, os primeiros da fila para entrar no gramado. Eles se revezavam em frente ao Pacaembu desde quarta. Na noite de quinta, para tentar se livrar das baratas, Tadoque chegou a dormir dentro de um dos canos empilhados na praça Charles Miller. Os namorados Fabrício Tadeu, 20 e Giovana Lucchesi, 19, foram mais previdentes. Eles carregavam um kit "antiaperigo", composto por roupas extra (camiseta e calça jeans), comida, refrigerantes, água, walkman e boné. Os dois vieram de Santos. No meio do gramado, tinha de tudo, até um "beatlemaníaco". "Tenho só um disco dos Stones, mas nem gosto muito. Só que não dá para negar que é o show do século", disse Edson Eduardo de Jesus, 20, com uma camiseta estampada com gravura de "Help!", dos Beatles. Texto Anterior: Camarins são todos pretos Próximo Texto: Guarujá festeja verão com Ben Jor, Gal e Lulu Santos Índice |
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