São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995 |
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Tamanho da distância; Em linha; Ordem invertida; Razão da urgência; Última vez; O sinalizador; Rede de segurança; Alta prevista; Pressão de baixo; Choro ignorado; Até 1996; Bode expiatório Tamanho da distância O economista Celso Martone, da USP, estima que a defasagem cambial em relação a uma cesta de moedas fortes tenha ficado entre 26% e 27% no segundo semestre. Em linha Martone diz que desde meados de 1992, quando começou a recuperação da economia, o dólar desvalorizou 38%, o que está na média da América Latina. Ordem invertida Sobrevalorizar o real foi colocar o carro adiante dos bois, diz ele. "As reformas agora são necessárias para sustentar a valorização." Razão da urgência Eduardo Gianetti da Fonseca, da USP, acha que FHC deve correr contra o tempo e fazer as reformas, apesar de estar no início do governo. "Pela dinâmica média dos mandatos no Brasil, o primeiro ano é igual aos três restantes." Última vez Para Gianetti, "o governo precisa das reformas para sair da encrenca cambial em que se meteu". Ele afirma: "o paradoxo de Fernando Henrique é mudar mais uma vez para nunca mais mudar". O sinalizador O primeiro teste de FHC serão os bancos estaduais. "Se forem saneados e devolvidos como prêmio aos governadores, diminui a credibilidade do esforço de estabilização", diz Gianetti. Rede de segurança Julian Chacel, ex-FGV, acha que o momento é oportuno para o Brasil introduzir um sistema de "rating" que avaliasse o risco de crédito das empresas. Comum nos países industrializados, o sistema ajudaria a atrair dólares. Alta prevista Victório Carlos de Marchi, da Antarctica, acredita num repique inflacionário a partir do segundo trimestre. "Devemos saltar desse patamar de 1,5%", diz. Pressão de baixo Marchi baseia a previsão no setor de bebidas, onde identifica alta de até 35% nos custos, em dólar. Choro ignorado A indústria automobilística dos EUA está advertindo o Fed de que uma nova alta de meio ponto percentual nos juros vai derrubar a venda de carros. A expectativa é de que a taxa nos EUA suba ainda esta semana. Até 1996 A Chrysler calcula que os juros maiores desacelerariam as vendas neste ano e no próximo. Bode expiatório A Ford culpou os juros altos pelo fechamento temporário de três fábricas nos EUA. Próximo Texto: No ranking; Valor do conselho; Além do prato; Filão bilionário; Sem susto; Falta espaço; Mão do governo; Decolagem preparada Índice |
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