São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995 |
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Maioria não quer ter filho
DANIELA ROCHA
A maior parte das americanas que faz aborto tem menos de 25 anos (58%) e não é casada (56%). O governo paga o aborto quando a mulher não tem condições financeiras, quando a gravidez põe em risco a vida dela ou quando o feto é mal-formado. Mas isso depende de leis estaduais. O preço do aborto varia de acordo com a clínica e com o estágio do feto, segundo Sarah Di Terra, relações públicas da Planned Parenthood de Nova York. Ela afirmou que o preço médio é de US$ 360. Todas as clínicas dos EUA aceitam planos de saúde. Segundo o ginecologista e obstetra Ronald M. Caplan, o governo não define uma política educativa para diminuir os casos de aborto. Na opinião dele, o ideal seria eliminar a necessidade do aborto. "Milhares de abortos que poderiam ser evitados são realizados por ano nos EUA sem que se defina uma política de educação para a contracepção", disse. Segundo ele, essa discussão não é feita da forma como deveria porque os EUA têm uma tradição puritana. "Grande parte da sociedade é moralista e preconceituosa e os movimentos pró e contra o aborto são reflexos dessa sociedade." Segundo pesquisa da revista "Time" e da TV CNN, 51% da população acham que grupos oponentes ao aborto devem suspender temporariamente suas campanhas em frente a clínicas. Para 61%, esses grupos encorajam a violência contra clínicas de aborto. A Liga de Ação Pró-Vida disse que não vai parar sua campanha. "Não temos nada a ver com a violência", disse seu presidente, Joseph Schleider. (DR) Texto Anterior: Jovem matou 2 em 3 ataques Índice |
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