São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995 |
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"Nuessos hermanos rogando fúbol"
DALMO MAGNO DEFENSOR
E assim, decidido a me manter neutro como um tucano suíço, começo a assistir ao jogo. Primeiro gol argentino, e continuo impassível. Empate da Holanda, movo-me imperceptivelmente. Bola de Rensenbrink na trave, no finzinho do tempo normal, e amaldiçôo os deuses do futebol que não a deixaram entrar. Dois gols portenhos na prorrogação, e enquanto o general Videla sorri, eu me pergunto se nunca haverá "rustiça" neste mundo. Na Copa de 94, preocupei-me ao ver os olhos arregalados e a expressão de raiva, tipo "serial killer", que Maradona fez ao comemorar seu golaço contra os gregos. É verdade que nunca vi um "serial killer", mas certamente não é o semblante do Paulinho da Viola que eles devem ter. Percebi que os argentinos não estavam para brincadeira, o que confirmaram vencendo também a Nigéria. Depois, Diego foi suspenso e deu no que deu. Confesso que torci para que eles fossem mais longe. Primeiro, por serem sul-americanos. Segundo, por ser fã do legítimo futebol-arte do Maradona. Por último, porque me movia a mesma nobreza de sentimentos que fez muitos palmeirenses torcerem, lambendo os beiços, para o Corinthians também chegar à final do Brasileiro de 94. Texto Anterior: Pé quebrado muda marcações; Namorado de Letícia tem ciúme; 'Programa Silvia Poppovic' volta amanhã; Trio adapta 'Tocaia Grande'; Angélica vai substituir Gugu; Debora Bloch estréia peça; Florestan vai para Manchete Próximo Texto: Cultura quer diversificar seus infantis Índice |
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