São Paulo, segunda-feira, 30 de janeiro de 1995 |
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'Dou exemplo de democracia'
DANIEL BRAMATTI
Sarney recusou todos os convites para debater suas propostas, alegando que não participa de uma eleição, mas de uma "escolha" da bancada do PMDB. "Debate não muda voto", afirma o candidato, que prefere conduzir a campanha em conversas reservadas em seu gabinete. Folha - Por que o senhor se recusa a participar de debates? José Sarney - Simplesmente porque a presidência do Senado é apenas uma das comissões dentro da Casa. É a comissão diretora do Senado. Nós não vamos ter uma eleição, nós vamos ter uma escolha dentro da bancada do PMDB. Folha - Como o sr. vê o acordo entre os senadores Pedro Simon e Íris Rezende? Sarney - É o problema da escolha da bancada. Eu acho que eu sou hoje um senador como qualquer outro. Eu fiz uma opção, depois que eu fui presidente, de ser um cidadão comum. Fui disputar eleições, moro em apartamento funcional, viajo em aviões comerciais. Acho até que estou dando um exemplo de democracia. Folha - E o acordo? Sarney - Não quero entrar nestes problemas. Estou colocando a coisa em outro patamar. Folha - Seus aliados o consideram franco favorito. O sr. acha que vencerá sem necessidade de disputar um segundo turno?' Sarney - Não se pode fazer prognósticos ou avançar sobre a posição dos senadores. Folha - Como o sr. está fazendo a campanha? Sarney - Quando cheguei ao Senado, levantei a questão da modernização do Legislativo. Criamos a Comissão de Modernização do Senado, de onde saiu o Prodasen. Depois, fui um dos criadores do Instituto de Pesquisas e Assessoria do Congresso, que dava apoio logístico e técnico à atividade legislativa. Eu nunca quis ser presidente da Casa, mas acho necessário neste momento de crise. (DB) Texto Anterior: 'Tenhos problemas no PMDB' Próximo Texto: Petistas debatem na Folha futuro do partido Índice |
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