São Paulo, segunda-feira, 30 de janeiro de 1995 |
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Dinheiro brasileiro deverá sair através de uma linha de crédito
GUSTAVO PATÚ; VALDO CRUZ; FERNANDO GODINHO; ALBERTO FERREIRA
Segundo estudos em curso na área econômica do governo, o Brasil e outros três países latino-americanos –Argentina, Chile e Colômbia– abrirão juntos uma linha de US$ 1 bilhão, dinheiro que o México poderá sacar na medida de suas necessidades. Os recursos ficarão à disposição do México no BIS (Banco de Compensações Internacionais, na Suíça, uma espécie de banco central dos bancos centrais de todo o mundo) pelo prazo de um ano. A participação do Brasil na linha de crédito ainda não está definida. Segundo a Folha apurou, o governo brasileiro deverá entrar com US$ 300 milhões. O número pode chegar a US$ 500 milhões. A diferença deste tipo de operação para um empréstimo é que o dinheiro não deixará, de imediato, as reservas cambiais, que somam hoje cerca de US$ 39 bilhões. A maior parte das reservas brasileiras está no BIS, considerado o banco mais seguro para administrar recursos estratégicos. Se o México sacar dinheiro da linha de crédito ao longo do ano, sua dívida junto ao Brasil será calculada de acordo com a participação brasileira na linha. Exemplo: se o Brasil entrar com US$ 300 milhões, terá direito a receber do México 30% do dinheiro sacado da linha. O maior problema para o governo é definir que garantias de pagamento serão exigidas. (Gustavo Patú, Valdo Cruz, Fernando Godinho e Alberto Fernandes) Texto Anterior: Argentina perde 2,5 pontos do PIB com crise Próximo Texto: Canadá anuncia investimentos de US$ 440 mi Índice |
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