São Paulo, segunda-feira, 30 de janeiro de 1995
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América Latina teve último conflito em 1982

SONIA MOSSRI
DE BUENOS AIRES

A Guerra das Malvinas, em 1982, foi o último conflito armado na América Latina antes da disputa entre Equador e Peru.
Com o objetivo de obter apoio popular, o general Leopoldo Galtieri colocou a Argentina em guerra contra o Reino Unido.
A Argentina, a exemplo do Peru de hoje, vivia um processo de ditadura militar, que se arrastava desde 1976.
Em 1982, Galtieri enfrentava protestos contra a repressão militar e insatisfação popular com a política econômica.
O presidente Alberto Fujimori foi eleito em 1990, mesmo ano em que assumiu o cargo.
Em abril de 1992, fechou o Congresso e o Judiciário, além de suspender garantias constitucionais.
Na época, Fujimori alegou que o autogolpe era necessário para poder governar, pois, dizia, estava com as mãos atadas.
Seus objetivos de governo incluíam o combate à guerrilha e à corrupção.
Em comum com o presidente do Equador, Sixto Durán-Ballén, Fujimori tem problemas com os militares.
Além disso, as pesquisas de opinião pública mostram que a popularidade de Fujimori está em baixa na mesma proporção em que a política econômica de Ballén é rechaçada por grande parte dos equatorianos.
Galtieri lançou as Forças Armadas argentinas numa aventura militar ocupando em 2 de abril de 1982 as ilhas Malvinas (Falklands) –território britânico.
Os Estados Unidos apoiaram o Reino Unido. Em 14 de junho de 1982, a Argentina reconheceu sua derrota.
Três dias depois, Galtieri renunciou e foi substituído pelo general Reynaldo Bignone.
A guerra não declarada na fronteira entre Equador e Peru envolve uma região rica em urânio, ouro e petróleo.

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